A ansiedade rouba a paz

Não é proibido ficar ansioso. Isso pode à princípio soar como uma permissão para a ansiedade, mas não é. Desejo levar você a meditar atentamente sobre o verso 6 do cap. 4 de Filipenses. Se você não está muito familiarizado com a Bíblia não tem problema, mas fica aqui um desafio para começar a ler este Livro, a Palavra de Deus.

Penso que há uma subtil diferença entre "ficar ansioso" e "andar ansioso". Creio que na nossa humanidade qualquer um está sujeito a ter alguma ansiedade. Quando estamos a passar por alguma dificuldade, quando aguardamos um livramento ou a solução de um problema difícil... Entretanto a exortação que lemos em Filipenses é a seguinte: Não andeis ansiosos... Eu posso até ficar ansiosa acerca de alguma coisa, mas o que eu não devo fazer é permanecer neste estado. Não devo alimentar esta ansiedade, não devo buscar desculpas para alojá-la na minha mente e no meu coração. Você deve estar a pensar: falar é fácil! Pode não ser fácil, mas impossível não é, porque Deus nos dá uma orientação muito objetiva para resolver isto: a chave está na oração e Ele fala sobre um tipo especial de oração: com ações de graça. Tenho aprendido que a maneira mais rápida e eficaz de desalojar a ansiedade é agradecer a Deus por aquilo que Ele já tem feito nas nossas vidas. Na hora da provação o diabo nos incita a olhar para tudo o que não deu certo, para então incutir em nós aquele sentimento de abandono. Isso faz aumentar a nossa ansiedade e não só, nos faz murmurar contra Deus. Quando a ansiedade entra pela porta a paz sai pela janela. As duas coisas não coabitam no mesmo coração. É como água e azeite, não se misturam! Então o segredo para ter a paz de Deus nos nossos corações é ter uma atitude de gratidão no meio das crises, é procurar ver a mão de Deus naquela determinada situação e mesmo quando não conseguimos ver o Seu propósito é simplesmente agradecer, pela fé.

Quero rapidamente partilhar uma situação que acaba de vir à minha mente, mesmo agora.

Estávamos no início do nosso ministério em Portugal e mensalmente recebíamos o nosso subsídio pastoral por cheque através dos correios. Naquele mês, houve um grande atraso. Por alguma razão e hoje posso dizer: era plano de Deus para nos dar a oportunidade de experimentar o Sua fidelidade. Era domingo e nós só tínhamos arroz e um ovo. Fiz o arroz, fritei o ovo, parti-o em dois e nos sentamos para almoçar. Oramos agradecendo a Deus pelo dom da vida e por aquela refeição. Mal dissemos o amém, a campaínha tocou. Era um irmão da Igreja que morava ali por perto. Eu desci para o atender e qual não foi a minha surpresa quando ele me entregou uma panela envolta num pano de loiça. O que estava dentro era um coelho acabado de fazer. Naquela manhã, o Senhor havia colocado no coração da sua esposa fazer dois coelhos e um seria para o casal pastoral. Que coelho gostoso! Aquele molho soube tão bem sobre o arroz! Aleluia! Até hoje me emociono ao lembrar este episódio do cuidado de Deus.

Se aceitarmos o desafio de dar graças, vamos experimentar algo que é transcendente: a paz de Deus guardando a nossa mente e o nosso coração em Cristo Jesus. Num mundo tão conturbado com tantas pressões no nosso dia-a-dia, a paz de Deus é o maior legado. É algo que necessitamos para manter os olhos fitos nos nossos objetivos e não perder o rumo, não perder a esperança. Caminhar crendo que a nossa aflição passará, o nosso problema encontrará uma solução em Deus.

Se você está ansioso repita em voz alta este texto tomando posse da paz de Deus para o teu coração: "A paz de Deus que excede todo o meu entendimento guardará o meu coração e a minha mente em Cristo Jesus". Desejo que esta Palavra encontre lugar no teu coração e te abençoe!